Concurso PF Administrativo: aprovado detalha carreira e lotação

Aprovado como agente administrativo, Eduardo Pessoa fala sobre a carreira, lotação e revela como foi a preparação para o concurso PF. Confira!

Carreiras
Autor:Mateus Carvalho
Publicado em:04/09/2024 às 11:27
Atualizado em:24/09/2024 às 16:45

O concurso PF Administrativo é o sonho de muitos candidatos, principalmente daqueles buscam uma oportunidade com apenas o nível médio de formação. No entanto, muitos ainda não conhecem o diferencial da carreira.


Isso porque a Polícia Federal é muito reconhecida pelas atividades prestadas pela área Policial e muitos não sabem como funciona a carreira de agente administrativo da PF.


Em vias de ser autorizado, este será o principal cargo do novo concurso PF da área Administrativa.


O ex-agente administrativo da PF, Edurado Pessoa, explicou que a principal diferença começa com uma distinção externa.

"Primeiro, a carreira administrativa da Polícia Federal trabalha com apoio à atividade policial, o que é um diferencial em comparação com outras carreiras administrativas dentro do serviço público, especialmente dentro do Poder Executivo Federal", disse.

Ele ainda revelou que a carreira administrativa da PF, além de atuar nas áreas tradicionais, como Licitação, Gestão de Pessoas e Orçamento, também trabalha com a Fiscalização, o apoio à atividade policial e até mesmo no policiamento administrativo.


Dessa forma, este servidor pode trabalhar não apenas com o atendimento ao público, mas também dentro dessas duas grandes áreas: Fiscalização e Policiamento Administrativo.

Como estudar para o concurso PF Administrativo?

Além de ser ex-servidor da PF como agente administrativo, Eduardo Pessoa atualmente é mentor do Qconcursos e auxilia candidatos que estão em busca de uma vaga na corporação, sobretudo na área de Apoio.


Segundo ele, quem prestou o Concurso Nacional Unificado (CNU) poderá aproveitar os estudos para o edital da PF Administrativo.


Eduardo explica que, principalmente, quem se preparou com foco nos Blocos 5, 7 e 8, poderá aproveitar uma boa parte desse conteúdo para a prova da Polícia Federal.


Ele explica que este concurso foi composto por matérias comuns à área Administrativa, como Português, Informática, Direito Constitucional e Direito Administrativo, e que costumam ser base para todos os concursos da área.

"Assim, mesmo que o candidato tenha a pretensão de, após o concurso da Polícia Federal, se preparar para outra prova, esses conteúdos poderão ser aproveitados em outros setores, como agências reguladoras, MPU, INSS, entre outros. Portanto, um bom ponto de partida para o candidato é começar a construir uma base sólida nessas matérias, e quanto antes ele fizer isso, melhor", comentou.

Para Eduardo, há um tempo necessário para consolidar o aprendizado. Dessa forma, quanto mais cedo o candidato iniciar a preparação, mais tempo ele terá para ajustar a rota e mais rápida será sua aprovação.

"Quando a publicação do edital ocorrer, esse aluno já terá dominado esses conteúdos e poderá focar apenas na resolução de questões e na revisão dos conteúdos estudados", diz o mentor.

É importante destacar que o concurso da PF está muito perto de ter a sua autorização publicada. O MGI, inclusive, já iniciou os procedimentos para o aval e a seleção deve sair da promessa.


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"Foi minha primeira aprovação", conta Eduardo

De acordo com Eduardo, o concurso da Polícia Federal não estava nos seus planos, mas apareceu como uma oportunidade. Ele contou que essa, inclusive, foi a sua primeira aprovação (de muitas), mas não a primeira tentativa.


A jornada de Eduardo nos concursos começou em 2006, quando prestou o concurso de técnico do INSS.


O mentor revelou que, infelizmente, cometeu um erro muito comum entre os candidatos: tentar atirar para todos os lados.

"Fiz concursos para o INSS, banco, polícia, bombeiro. Eu estava tentando várias áreas, na pressa de passar logo. Cometi muitos erros ao longo da minha jornada."

Ele revelou que foi somente em 2012 que ajustou a sua preparação e decidiu focar apenas em concursos da área Administrativa.


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Focado em concursos dessa área, ele revelou que se inscreveu para vários editais. Antes da PF, prestou CNJ, TST, TRT da 10ª Região (Distrito Federal e Tocantins), Anatel, entre outros.

"Em 2013, saiu o edital da Polícia Federal, no final de 2013, entre outubro e novembro, mais ou menos. Não era um concurso que estava inicialmente no meu radar, mas vi essa oportunidade como uma excelente chance de testar os conhecimentos que já vinha adquirindo durante meu processo de estudo. Esse concurso não era meu objetivo inicial, mas surgiu no meu caminho e encarei como uma excelente oportunidade de me preparar", conta.

Por já ter uma boa base em algumas matérias básicas, Eduardo explicou que manteve o foco em estudar os conteúdos específicos.

"Nesse período, estudava das 23h às 2h, que era o horário que eu tinha disponível na época. Era um horário bastante cansativo, mas era o único tempo que eu tinha para estudar, então aproveitei ao máximo o período entre o edital e a prova, focando nos conteúdos específicos, já que tinha uma boa base nos conhecimentos básicos. Até então, não havia sido aprovado em nenhum concurso. Minha primeira aprovação veio após esse concurso da Polícia Federal."

Depois dessa aprovação, ele conta que foi aprovado em outras seleções, como no concurso do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na Defensoria Pública da União (DPU), no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, entre outros.


Confira a entrevista na íntegra:

"O concurso que mudou minha vida", diz ex-PF

A trajetória de Eduardo Pessoa foi marcada por reprovações, mas também de muitas conquistas. Para quem sonha em ingressar na PF, ele destaca que foi um concurso que mudou a sua vida e trouxe muitos aprendizados.

"Existem concursos que melhoram a sua vida e há outros que mudam sua vida. E o concurso da Polícia Federal foi literalmente o concurso que mudou minha vida. Eu estava sem emprego, apenas estudando, e literalmente acordei de um dia para o outro como servidor público da Polícia Federal, uma instituição que, diga-se de passagem, é uma das três mais respeitadas pela sociedade", disse o ex-servidor da PF.

De acordo com o mentor do Qconcursos, a sua nomeação ocorrreu em julho de 2016 e foi um momento considerado marcante.

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Como é a nomeação de um agente administrativo da PF?

O mentor Eduardo Pessoa deu detalhes de como foi o processo de nomeação e posse no cargo de agente administrativo da PF.


Segundo ele, quando viu seu nome do Diário Oficial ficou um tempo "incrédulo e sem acreditar".


Em seguida, recebeu um e-mail com as instruções e as boas-vindas. O documento também abordou todo o processo e como funciona a recepção na PF.

"Passei por um treinamento de aproximadamente 60 dias. Esse treinamento foi necessário porque os candidatos nomeados em 2016 foram alocados diretamente para os aeroportos internacionais. Todo aeroporto no Brasil, que é denominado aeroporto internacional, tem uma unidade da Polícia Federal, e eu fui designado para o Aeroporto Internacional de Brasília. Durante esse treinamento, conhecemos a história da Polícia Federal, a estrutura, todo o organograma da instituição e também o trabalho relacionado à dinâmica aeroportuária, como confecção e emissão de passaportes, controle migratório e fiscalização relacionada ao embarque com armas de fogo", explicou Eduardo.

Segundo ele, a recepção foi ótima e todos os servidores foram recebidos tanto por policiais (delegados, agentes, escrivães) quanto por outros servidores administrativos, de níveis médio e superior.


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De acordo com Eduardo, a recepção dos novos servidores do último concurso PF Administrativo ocorreu na Academia Nacional de Polícia (ANP), que está sediada em Brasília DF.


Ele explica que, inclusive, o servidor administrativo da Polícia Federal também tem a possibilidade de trabalhar na Academia Nacional de Polícia, que é uma escola de governo que forma e aprimora servidores.

"A ANP oferece cursos e treinamentos tanto para o público interno (servidores administrativos e da carreira policial) quanto para o público externo, com diversos cursos voltados para a comunidade em geral", comenta.

Na época, os nomeados do concurso passaram por um treinamento que foi tanto teórico quanto prático, com atividades físicas, noções de defesa pessoal e algumas atividades lúdicas para fortalecer a integração entre os novos servidores.


O ex-agente administrativo ainda revelou que, diferentemente da área Policial, onde o regime é de internato, na dinâmica de recepção dos cargos administrativos não há esse processo.


De acordo com o mentor, o curso foi feito durante o o dia, no período matutino e vespertino. Depois, os candidatos poderiam voltar para casa e retornar no dia seguinte.

"Essa dinâmica foi de segunda a sexta-feira. Após esse período de 60 dias, começamos efetivamente as atividades no aeroporto internacional, no meu caso, no Aeroporto Internacional de Brasília".

Entenda onde atua o aprovado no concurso PF Administrativo

Mas, afinal, o PF Administrativo só trabalha nos aeroporto e na Academia?


Muitos candidatos têm dúvidas sobre como funciona a lotação do agente administrativo da Polícia Federal. Afinal, onde esses servidores atuam?


Segundo Eduardo Pessoa, o servidor administrativo da Polícia Federal desfruta de estabilidade financeira e profissional, com uma grande capacidade de mobilidade. Isso significa que ele pode atuar em diversos setores da PF e em unidades de todo o Brasil.


Esses servidores desempenham funções que vão além do trabalho administrativo básico. Eles podem estar envolvidos em áreas como Gestão de Pessoas, Pagamentos, Orçamento e Contato, bem como em fiscalização e policiamento administrativo.


Os agentes administrativos também podem ser convocados para atuar em atividades de apoio policial, como foi o caso da operação que auxiliou refugiados venezuelanos na fronteira com o Brasil.


Nessa missão, os servidores ajudam em tarefas que vão desde o controle migratório até as assistência jurídica e de saúde.


Além disso, eles participam da emissão de passaportes e do controle de embarque de armas de fogo nos aeroportos.


Em outras frentes, podem atuar na fiscalização de empresas de segurança privada, verificando se vigilantes e seguranças estão em conformidade com as exigências legais.

Concurso PF Administrativo tem pedido para 789 vagas

Atualmente, a Polícia Federal tem um pedido de concurso PF para a área de Apoio. A solicitação visa ao preenchimento de 789 vagas em diversos cargos.


A reportagem do Qconcursos Folha Dirigida confirmou a lista de cargos que foram contemplados no pedido e devem contar no próximo aval.


Foram solicitadas 626 vagas para o nível médio e 163 para o nível superior. Veja a seguir a distribuição:


Nível médio

  • agente administrativo 626 vagas.

Nível superior

  • administrador 26 vagas;
  • arquivista 9 vagas;
  • assistente social 13 vagas;
  • bibliotecário 1 vaga;
  • contador 9 vagas;
  • economista 3 vagas;
  • enfermeiro 3 vagas;
  • estatístico 4 vagas;
  • farmacêutico 2 vagas;
  • médico 70 vagas;
  • nutricionista 1 vaga;
  • pisicólogo 6 vagas;
  • técnico em assuntos educacionais 13 vagas; e
  • técnico em comunicação social 3 vagas.

A solicitação visa ao ingresso dos novos servidores no ano de 2025, mas o aval é espeado para ser concedido ainda este ano.


+ Concurso PF Administrativo: conheça os salários e benefícios


Os ganhos iniciais da Polícia Federal na Área Administrativa são de R$6.173,31, para o agente administrativo, e R$7.296,69, para os cargos de nível superior, exceto o médico, que recebe iniciais de R$9.547,40.


Os valores acima ja incluem o auxílio-alimentação de R$1 mil, recém-ajustado pelo governo. A carga de trabalho dos servidores Administrativos na PF é de 40 horas semanais.


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