O Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), assinou nesta quinta-feira, 25, o reajuste dos benefícios dos servidores públicos.
O reajuste inclui o auxílio-alimentação, que passará de R$658 para R$1 mil, além do auxílio-saúde (de R$144,38 para R$215) e a assistência pré-escolar (de R$321 para R$484,90).
O aumento será feito de forma linear a todos os servidores ativos do Poder Executivo Federal a partir de maio de 2024, com pagamento em 1º de junho. Porém, o impacto maior será para aqueles com as menores faixas salariais.
Estudo feito pelo MGI indica que o aumento do auxílio-alimentação resultará em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos, que são os que ganham até R$9 mil por mês.
Confira no gráfico abaixo, elaborado pelo MGI, o impacto do aumento do novo auxílio-alimentação, em cada faixa salarial:
(Gráfico elaborado pelo MGI)
Para este ano de 2024, não há espaço orçamentário para que o governo conceda reajuste nos salários de todas as categorias. Por isso, a alternativa foi propor um aumento nos benefícios.
Os novos auxílios e benefícios já serão válidos a partir deste ano. Desta forma, os aprovados por meio do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) terão direito aos valores reajustados.
O CNU oferta 6.640 vagas para diferentes órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal. As oportunidades são para cargos dos níveis médio e superior, com iniciais de até R$23,5 mil.
Os candidatos do Concurso Unificado serão avaliados por meio de provas objetivas e discursivas no dia 5 de maio.
Os locais de aplicação foram disponibilizados para consulta nesta quinta, 25 de abril, pela página oficial do concurso.
As provas serão realizadas de forma simultânea em 228 cidades pelo país.
Reta final de preparação para o CNU! No dia 26 de abril, o time de professores do Qconcursos fará uma revisão no Madrugadão CNU. Saiba como participar aqui!
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que todos os servidores públicos federais terão reajuste salarial. O anúncio foi feito na terça, 23, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Sem precisar uma data, o presidente assegurou que o aumento será concedido. No entanto, segundo ele, não será possível atender a integralidade dos valores solicitados pelas categorias.
"Nós estamos preparando aumento de salário para todas as carreiras. Nem sempre é tudo que a pessoa pede. Muitas vezes é aquilo que a gente pode dar", informou Lula.
Na Educação, servidores técnico-administrativos estão em greve por aumento dos salários. Lula disse que há negociação com essa e todas as categorias e reconheceu o direito de greve.
"Nós vamos negociar com todas as categorias. Ninguém será punido neste país por fazer uma greve. Eu nasci fazendo greve. Eu acho que é um direito legítimo, só que os servidores têm que compreender que eles pedem quanto eles querem e a gente quanto a gente pode", disse.
No caso específico dos técnico-administrativos em Educação (TAE's), que realizam greve, a proposta do Governo Federal é para um reajuste de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já afirmou que este ano o reajuste não será possível pois "o orçamento já está fechado".
Já para os próximos anos, a proposta é conceder 9% de aumento ao longo do mandado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.
Essa oferta de dois aumentos de 4,5% para os próximos anos foi rejeitada pelos servidores e, diante disso, o governo buscou alternativas para promover o reajuste dos rendimentos dos funcionários públicos.
Vale mencionar que, em 2023, o Governo Federal concedeu o reajuste de 9% a todos os servidores federais.
