Em entrevista exclusiva ao Qconcursos Folha Dirigida, o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Celso Cardoso Junior, falou o porquê dessa mudança.
De acordo com ele, a redução dos concursos federais de nível médio vai ao encontro da necessidade de priorizar o atendimento direto à população.
"Estou falando de contratar médicos, contratar professores, contratar policiais, contratar cientistas e por aí vai. São todas atividades de nível superior. Há uma mudança de composição que vai no sentido do governo priorizar a contratação de servidores que atuam na ponta da política pública muito mais do que nas áreas intermediárias ou Administrativas", frisou.
Mesmo assim, o secretário José Celso reconheceu que, em várias áreas da atuação governamental, as atividades de nível médio continuarão sendo importantes.
"Isso está preservado, assim como foi no CNU. Teve um bloco inteiro do CNU só para nível médio".
Na primeira edição do Concurso Nacional Unificado, houve um bloco temático, o bloco 8, dedicado apenas aos cargos de nível médio.
Foram 692 vagas distribuídas por cargos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Secretário de Gestão de Pessoas do MGI fala sobre mudança no perfil dos concursos
Já o Ministério da Saúde tem autorização para realizar concurso com 138 vagas para cargos de níveis médio e técnico. A oferta será para postos de técnico I, técnico de enfermagem e técnico em radiologia.
Desta forma, mesmo que em menor quantidade, os concursos federais de nível médio não vão acabar e continuarão no radar do Governo Federal.
Confira a entrevista na íntegra com o secretário José Celso:
Segundo dados do MGI, conforme a escolaridade, somente em 2034 a maioria dos aposentados virá de cargos de nível superior.
Até lá, a maior parte será de aposentados de nível médio, seguindo o perfil atual do conjunto dos servidores federais.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, confirmou o planejamento para uma próxima edição do Concurso Nacional Unificado este ano.
O Governo Federal também estima a realização das provas no mês de agosto, por ter a menor incidência de chuvas no Brasil e evitar possíveis remarcações, como ocorreu no primeiro CNU.
"A gente espera o edital até o finalzinho do primeiro trimestre. A prova, a gente gostaria de repetir em agosto. A gente ainda não sabe se vai ser possível pelo prazo do edital. Agosto é o mês de menor incidência de chuvas no Brasil. A ideia é fazer a prova no início do segundo semestre, essa é a nossa lógica de calendário", afirmou Esther, durante o programa Bom dia, Ministra, do canal GOV.
Esther Dweck ainda falou que a oferta da próxima edição do CNU será menor que as 6.640 vagas do primeiro Concurso Unificado.
"Pelo represamento que havia, o primeiro CNU veio com uma quantidade de carreiras e cargos gigantesca, que não tende a ser o caso do próximo, que terá um número menor, mas, ainda assim, será super atrativo".
Questionado sobre o número de vagas do próximo CNU, José Celso explicou que depende da aprovação do Orçamento pelo Congresso Nacional, para entender quantas oportunidades poderão ser autorizadas.
Ainda não há informações sobre todos os cargos que serão incluídos no próximo CNU. Também não há a confirmação de haverá oferta para cargos de nível médio.
Novo CNU deve ter em torno de 3 mil vagas, diz secretário
Em entrevista ao Qconcursos Folha Dirigida, o secretário José Celso disse que a segunda edição do CNU deve ter cerca de 50% da oferta de vagas do primeiro CNU, em que foram disponibilizadas 6.640 oportunidades.
"Está em aberto um conjunto de vagas que estão previstas de serem autorizadas em 2025, no Orçamento que não foi aprovado ainda. Tudo somado, a gente acredita que pode conseguir reunir algo como 3 mil, 3.500 vagas para realizar uma segunda edição do concurso unificado".
O Orçamento de 2025 ainda está pendente de aprovação pelo Congresso Nacional.
O próximo CNU deve reunir órgãos que já receberam aval em 2024, além daqueles que ainda terão autorização este ano.
A ideia do CNU é democratizar o acesso da população às vagas no serviço público federal. Para isso, as provas foram aplicadas em 228 cidades espalhadas pelo Brasil.
O que facilitou o acesso das pessoas, uma vez que a maioria dos concursos federais era realizada somente nas capitais dos estados ou apenas em Brasília.
Além disso, o governo conseguiu reduzir o valor da taxa de inscrição e concentrar as provas em um único dia, de forma a facilitar o deslocamento das pessoas.
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