"Estamos trabalhando para unificar os concursos autorizados, oferecendo provas em mais de 180 cidades em todas as regiões do país. Uma forma de democratização do acesso, construindo um serviço público mais diverso e representativo da sociedade brasileira", disse a ministra pelas redes sociais.
A proposta, no entanto, ainda não foi definida e está sendo discutida com os órgãos, ministérios e autarquias.
Em entrevista à coluna da Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, Esther Dweck disse que a ideia da "prova unificada" começará a ser apresentada nesta sexta-feira, 25, aos possíveis órgãos interessados.
Esther afirma que já foram iniciadas algumas conversas e que alguns órgãos já demonstraram interesse neste modelo de aplicação de provas, porém "ainda não está tudo pensado", disse.
"O modelo ainda não está fechado, mas já temos muitos pontos pensados para apresentar. Amanhã [sexta-feira] ainda é um dia de escuta. Existe um grupo do governo muito empenhado em fazer isso", disse em entrevista à colunista.
O governo espera consultar todos os órgãos com o objetivo de receber críticas e sugestões quanto à viabilidade desta proposta.
Folha Dirigida por Qconcursos teve acesso a um ofício enviado pelo MGI ao Bacen, à CVM e à própria pasta na última semana.
A pasta convoca os órgãos, autarquias e agências, que têm concursos federais autorizados, para dar uma orientação geral sobre editais, provas, cursos de formação e processos de ambientação direcionados aos futuros novos servidores aprovados.
É provável que essa medida tenha a ver com a proposta de uma "prova unificada".
Enem dos concursos: entenda como funcionaria
Segundo a ministra, a proposta da "prova unificada" surgiu da experiência adquirida com a realização do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.
Portanto, seria aplicada uma avaliação com questões de Conhecimentos Gerais e Específicos, de acordo com as áreas escolhidas pelos candidatos.
O fato de que muitos órgãos estão há um longo período sem concursos e que, quando realizam, as provas são nas grandes cidades, também foi avaliado.
Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de caráter provisório, elencou que o ideal seria um concurso com provas em 180 cidades, sendo a maior parte concentrada nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte.
Como ficam os concursos federais autorizados em 2023?
Embora o governo já tenha iniciado uma "mesa de discussão" e esteja consultando os órgãos interessados, essa proposta de "prova unificada" não deve impactar os concursos federais já autorizados.
Isso porque a maioria dos ministérios, empresas e autarquias, que tiveram concursos autorizados, já estão com preparativos bem avançados.
Alguns, inclusive, na iminência de publicar edital ou com edital publicado, como é o caso do concurso MEC.
Outro ponto é o fato de que, na portaria de autorização, o Governo Federal dá autonomia para os órgãos conduzirem a realização de seus concursos.
"Art. 3º A responsabilidade pela realização do concurso público será do órgão ou da entidade (...)".
A proposta também pode esbarrar em outros aspectos de logística e complexidade, como em concursos com provas discursivas e etapas mais complexas.
A reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos está em contato com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, para apurar todas as informações.
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Esther Dweck estuda proposta para aplicar provas de concursos federais de maneira unificada
(Foto: Edu Andrade/Ministério da Fazenda)
Concursos Federais: governo já autorizou 8.330 vagas
Em 2023, o Governo Federal já autorizou mais de 8 mil vagas em novos concursos para 2023. O próprio presidente Lula tem uma preocupação latente por repor o quadro funcional em sua maior parte.
Foram 2,4 mil vagas autorizadas no dia 18 de julho pelo MGI e a pasta já havia concedido aval para 4.436 vagas em concursos federais para diferentes órgãos e ministérios, no mês anterior.
O primeiro anúncio aconteceu no dia 16 de junho e também foi feito pela ministra Esther Dweck. Na ocasião, os órgãos e autarquias contemplados foram:
A intenção do governo, segundo a ministra Esther, é ter editais e provas de concursos ainda em 2023.
No dia 18 de julho, a ministra Esther Dweck convocou uma entrevista coletiva para anunciar novos concursos federais. Na ocasião, foram autorizadas 2.480 vagas para diferentes órgãos.
Além desses, também já foram autorizados, no início do ano, os concursos para o Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação (MCTI), para o Ministério do Meio Ambiente e para a Fundação dos Povos Indígenas (Funai).