Concursos Federais: sindicato pede cotas, vagas por região e mais

Os sindicatos dos servidores públicos federais solicitaram reunião urgente para tratar diversas pautas sobre concursos federais, como cotas e vagas.

Concursos Previstos
Autor:Mateus Carvalho
Publicado em:26/09/2023 às 16:11
Atualizado em:26/09/2023 às 16:31

Os sindicatos dos servidores públicos federais solicitaram, em caráter de urgência, uma reunião com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), para tratar de pautas referentes aos concursos federais, planos de carreira e mais.


A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e a Federação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (FENADSEF) enviaram ofício ao secretário de Gestão, José Celso Cardoso, e ao secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijó.


No documento, as categorias enfatizam que o MGI já vem adotando medidas para combater as desigualdades, como as aplicação da reserva de cotas e a realização do Concurso Nacional Unificado.


Além disso, defenderam que é necessário haver uma programação dos concursos públicos para que se possa garantir a manutenção da estrutura do estado, sem que se afete os principais setores da Administração.

"À defesa do concurso público como forma principal de contratação para a administração federal é preciso associar mecanismos que compensem a elitização do corpo de servidores, sobretudo das carreiras mais valorizadas, com o consequente aumento da desigualdade social", diz o ofício.

Os sindicatos ainda evidenciaram as cotas sociais como instrumentos de redução das desigualdades, inclusive para que pessoas hipossuficientes possam ter acesso aos cargos públicos.


Defende-se, ainda, a proteção aos cargos de nível auxiliar e médio.


Principais pontos elencados como pautas:

  • cotas sociais;
  • cotas sociais raciais;
  • cotas sociais para mulheres
  • cotas para indígenas;
  • cotas para pessoas LGBTQIA+ de baixa renda, especialmente para pessoas trans;
  • cotas para Pessoas com Deficiência (PCD) e luta para cumprir o mínimo de 5% nas empresas e órgãos públicos (Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência 8.213/91);
  • vagas por região
  • teletrabalho
  • defesa do estado laico
  • campanha estatal em defesa dos serviços públicos e dos servidores.

Ainda não há informações sobre um retorno do MGI a respeito da solicitação e data para o encontro.


Leia também:

+ Governo elabora PL que renova cotas em concursos; mínimo de 30%

Concursos federais têm novos percentuais de cotas sugeridos

O documento enviado pelas categorias citou o novo percentual de cotas, que já foi sugerido e está em discussão.


O Governo Federal trabalha em uma proposta de renovação das cotas em concursos federais e processos seletivos simplificados.


A reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos teve acesso à minuta do Projeto da Lei (PL) de cotas, que será encaminhado ao Congresso Nacional.


O texto, que ainda está em elaboração, prevê que a reserva mínima seja de 34% para cotas. Tal quantitativo será distribuído da seguinte forma:

  • 30% para pessoas negras;
  • 3% para indígenas; e
  • 1% para quilombolas.

A novidade principal é a ampliação da reserva de vagas para negros, que atualmente é de 20%, e torna obrigatória também cotas para indígenas e quilombolas.


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Sindicatos pedem concursos federais com cotas, vagas por região e mais

(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)


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Concurso Nacional Unificado terá aplicação de cotas

Para quem está de olho no Concurso Nacional Unificado, já foi confirmado pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, que haverá aplicação de cotas. O "Enem dos Concursos" tem edital previsto para dezembro deste ano.


Dweck informou que a aplicação da Lei de Cotas será realizada da maneira mais correta possível.


A chefe da pasta reforça, ainda, que a forma pela qual a Lei de Cotas estava sendo aplicada nas seleções federais não garantia o mínimo de 20%. Segundo Esther, a cota deve ser utilizada como um patamar mínimo para a entrada de mais negros nos órgãos públicos.

“De fato, a maneira como estava sendo aplicada, acabava não garantindo as cotas mínimas de 20%. Ou a cota de 20% tinha virado um teto, e não um piso que é como tem que ser” , afirmou Dweck durante o evento.

O Concurso Nacional Unificado buscará preencher quase 8 mil vagas em diversos setores. 


Conforme divulgado pela Folha Dirigida por Qconcursos, os órgãos devem indicar, se participarão ou não do edital unificado, ainda nesta semana.


A adesão ao concurso é voluntária e, caso algum órgão não participe da seleção unificada, ele terá que realizar seu respectivo concurso separadamente.


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