Já naquela ocasião, com 1.508 vagas pedidas, sendo 1 mil para policiais, apenas os cargos de agente, delegado, escrivão e papiloscopista estavam na lista.
O presidente da Fenapef, Luís Boudens, confirmou à Folha Dirigida que a distribuição das 2 mil vagas é a seguinte:
1.016 vagas de agente;
600 vagas de escrivão;
300 vagas de delegado; e
84 vagas de papiloscopista.
Com isso, novamente o perito fica de fora e sem a expectativa de constar na autorização e no edital do concurso PF, que pode sair ainda em 2020.
Sindicato luta por criação de vagas e rebate: 'completamente equivocado'
Logo após a confirmação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro André Mendonça, que reafirmam uma autorização para a Polícia Federal, o sindicato dos peritos se manifestou quanto à decisão de realizar um concurso sem a categoria.
O presidente da APCF, Marcos Camargo, comenta que essa é uma medida completamente equivocada por parte do Governo Federal, que sabe da importância do cargo para a corporação e da real necessidade.
Em um vídeo publicado no Instagram da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Camargo disse:
"Fazer concurso da Polícia Federal sem contemplar a perícia criminal federal é completamente equivocado", afirma o presidente da APCF.
Camargo relembra e destaca que há um déficit na corporação, mas que ele existe para todas as categorias, incluindo a carreira de perito criminal federal. E, com isso, todas precisam de concurso público.
Após isso, a APCF confirmou à Folha Dirigida que luta para conseguir a criação de 200 vagas e que o déficit permanecerá mesmo com a chegada dos aprovados do último concurso, fazendo-se necessário uma nova seleção para suprir a demanda.
Presidente da Fenapef busca solução: 'remanejar as 300 vagas de delegado'
Em entrevista à Folha Dirigida, o presidente da Fenapef Luís Boudens comentou sobre o assunto e saiu em defesa da luta do sindicato para que haja oferta de vagas para perito.
Boudens relembrou na entrevista que a ausência do cargo pode ser muito provavelmente pelo fato de precisar criar as vagas que ainda não existem.
Além disso, o delegado comentou ainda que a PF também não tem autorização para criação desses cargos. No entanto, mesmo que o perito não esteja previsto, não fica descartado que ele possa ser ofertado no próximo concurso PF.
O presidente da Fenapef cita, por exemplo, um remanejamento das vagas autorizadas mexendo na distribuição dos delegados. Essa medida não geraria impacto orçamentário, uma vez que ambos têm o mesmo salário.
"Depende de uma boa vontade, uma gestão da Polícia Federal nesse sentido para que no Congresso a gente consiga aprovar essa criação de vagas o mais rápido possível. Nós estamos em setembro e pode ser que a gente consiga, mas repito, se houver algum tipo de risco para que o calendário não se cumpra (o que criasse alguma dificuldade junto ao governo por causa disso) nós vamos continuar batalhando por essas vagas, porém em um concurso seguinte, sem que atrapalhe necessariamente esse que foi anunciado pelo próprio presidente da República", disse Boudens sobre os peritos e os administrativos.
"A pedido do próprio do diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre, nós conversamos com o ministro da Justiça (André Mendonça) e com Paulo Guedes. Foi autorizado a abertura de concurso para 2 mil policiais federais. Com toda certeza a PRF também vai ter abertura de concurso para breve de modo que seus quadros permaneçam cumprindo com o seu dever", disse o presidente.
A fala já é um bom indício de reforço na Segurança Pública. Na PF ainda estão previstas 508 vagas para a área administrativa, enquanto que na PRF o cargo de agente deve ficar para uma próxima ocasião.
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