Após a nova banca ter sido definida e contratada, o concurso PMERJ pode ter um novo capítulo. O Ibade informou que deseja seguir à frente da seleção e contestou a decisão do Estado, além de toda a condução do caso por parte da corporação.
Em nota enviada à Folha Dirigida por Qconcursos, a banca alega ter sido prejudicada com base em "narrativas falsas" e "casos isolados e previsíveis", após as provas aplicadas no dia 27 de agosto.
"Desde esta data, uma verificação minuciosa vem sendo feita visando a checagem de informações disseminadas através de redes sociais por pessoas envolvidas de alguma maneira com o caso, em sua maioria, candidatos reprovados no certame", disse o Ibade.
A banca organizadora afirma que as informações divulgadas em redes sociais foram disseminadas "de forma completamente equivocada como provas de fraude generalizada, quando, na realidade, não tinham quaisquer ligações com o concurso ou com esta instituição."
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O Ibade ainda afirma que o Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu "denúncias caluniosas e forjadas, sem veracidade comprovada, que reivindicavam o cancelamento do concurso, enquanto que outra parcela de candidatos aprovados se movimentou em favor da continuidade das etapas, defendendo a lisura da aplicação da prova."
Partindo dessa premissa, o instituto revela que não foram encontradas evidências que sustentem as fraudes e, portanto, não sendo suficientes para a anulação das provas. O Ibade informa que deseja cumprir as obrigações contratuais assumidas e deseja dar prosseguimento às demais etapas do concurso.
A banca tem o interesse de divulgar o resultado da prova objetiva, conforme regras do edital, e aguarda o resultado do recurso administrativo.
"O IBADE, que desde 2016 atua no planejamento, organização e execução de concursos públicos e processos seletivos em todo o Brasil, observa os princípios de legalidade, impessoalidade e isonomia dos candidatos que fizeram a prova de boa fé, e aguarda o resultado do recurso administrativo do PAS, acreditando que a administração, não terá alternativa legal e reverá seus atos, acolhendo as razões do recurso, para que, assim, possa dar continuidade ao certame."
Embora o Ibade aguarde pelo resultado de um recurso administrativo para, possivelmente, mudar o panorama dessa rescisão, o concurso da PMERJ já teve avanços.
A corporação deu início a um novo processo licitatório e assinou contrato com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A nova banca ficará responsável por republicar edital, de acordo com o termo de referência, e vai conduzir a reaplicação das provas anuladas. A nova data ainda será divulgada no novo cronograma.
O edital com o novo cronograma não tem data para ser divulgado, mas o governador Cláudio Castro informou que isso deve ocorrer em breve.
"O processo seletivo para preencher 2 mil vagas será retomado após a contratação da Fundação Getúlio Vargas, sem prejuízo para os candidatos. O concurso havia sido suspenso em agosto, por conta de falhas de uma outra empresa na aplicação da primeira prova escrita objetiva. Em breve, vamos divulgar o novo calendário de provas. Fique ligado!"
A Polícia Militar do Rio de Janeiro já informou que não haverá reabertura das inscrições, mas não se manifestou em relação à possibilidade de devolução da taxa de inscrição.
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Concurso PMERJ para soldado tem nova banca definida e edital será republicado
(Foto: PGE RJ)
A banca mudou, mas a estrutura das provas foi divulgada no termo de referência será mantida.
Portanto, as informações divulgadas no primeiro edital não sofrerão muitas alterações, com exceção do cronograma. O projeto básico já indicou que as provas terão duração de quatro horas no total.
Na etapa prova objetiva, serão 50 questões, com quatro alternativas cada e apenas uma correta (antes eram cinco alternativas).
A avaliação terá uma escala de zero a 100 pontos, sendo que cada questão terá dois pontos no total.
As disciplinas da prova objetiva serão:
Será considerado aprovado na objetiva o candidato que obtiver, no mínimo, 60% de pontos da prova objetiva e não zerar qualquer uma das disciplinas.
A segunda será composta pela prova discursiva, que será uma redação, visando avaliar a capacidade do candidato de produzir uma redação que atenda ao tema e ao gênero/tipo de texto propostos, além de seu domínio da norma culta da Língua Portuguesa e dos mecanismos de coesão e coerência textual.
A redação será aplicada em uma data posterior e avaliada na escala de zero a 100 pontos, sendo considerado aprovado o candidato que obtiver nota igual ou superior a 50 pontos.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro oferece 2 mil vagas para soldados. Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a seleção deverá ser retomada sem a restrição de gênero.
Agora, homens e mulheres irão concorrer igualmente às 2 mil vagas.
A reserva de vagas permanecerá, exceto para pessoas com deficiência, tendo em vista as peculiaridades do exercício do cargo de soldado.
O cargo de soldado da PM do Rio de Janeiro apresenta os seguintes requisitos:
Os aprovados terão ganhos conforme o momento de carreira. No Curso de Formação de Soldado da Policial Militar (CFSD), que tem duração de 12 meses, os alunos receberão R$2.956,41 (valor bruto).
Após a formatura, os soldados passarão para o salário inicial de R$5.233,88. A contratação será feita pelo regime estatutário, que garante a estabilidade do militar.
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