Vale destacar que a pauta do 82º Coptrel ainda será finalizada. Porém, diante de toda a expectativa pelo concurso para a Justiça Eleitoral, o tema deverá ser um dos principais do encontro.
No dia 26 de julho, a Fundação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) participou de uma reunião com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tratar de diversos assuntos. Entre eles, o concurso unificado.
Na ocasião, a Fenajufe manifestou preocupação com a demora para a realização do concurso e preenchimento dos cargos vagos a tempo para as eleições municipais de 2024.
"A categoria tem acompanhado a pauta há meses e cobra uma posição definitiva. Além disso, mencionaram notícia que circulou em alguns estados de que o concurso não seria mais realizado centralizadamente", disse a Fenajufe.
O coordenador-geral do TSE, Rui Moreira, explicou à categoria que ainda estava pendente de aprovação a resolução autorizando o concurso, afirmando haver uma "grande dificuldade técnica que pode tornar inviável sua realização".
Desta forma, a Fenajufe informou que o TSE espera a conclusão de uma consulta técnica a empresas, para formalizar uma decisão administrativa sobre o tema, nos próximos 15 dias, ou seja, neste mês de agosto.
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TSE deve definir sobre a realização do concurso unificado em breve
(Foto: Divulgação)
Na última sexta, 28, circularam informações de que bancas organizadoras não teriam datas e tempo hábil para realização do concurso em 2023. Questionado por Folha Dirigida por Qconcursos, o TSE negou tal entrave e enviou a seguinte nota:
"A informação não procede. O setor responsável nos informou que não há, no momento, quaisquer novidades sobre a realização do concurso. Reiteramos que as atualizações sobre o certame virão com a publicação da respectiva resolução que trata do tema, que será amplamente divulgada nos canais de comunicação do Tribunal".
No concurso unificado, um único edital é publicado com vagas para o TSE e para TREs, que demonstrem interesse em preencher os cargos vagos. Toda a organização do concurso, incluindo a contratação da banca, fica sob responsabilidade do TSE.
TREs de PE e MG falam sobre o concurso TSE unificado
Diante das informações de um concurso unificado ou não, o Tribunal Regional de Pernambuco informou, em nota, que tem interesse em participar da seleção, que, segundo o órgão, será centralizada. Confira abaixo a nota na íntegra:
"Fim da vigência do concurso 2016. Em decorrência da suspensão, o referido concurso teve validade até 11 de junho de 2023 (cargos de Analista Judiciário) e 02 de julho de 2023 (cargo de Técnico Judiciário). Informamos que há a previsão de realização, no exercício de 2023, de concurso público para preenchimento de cargos vagos do quadro de pessoal deste Tribunal, tendo este TRE-PE aderido à proposta de realização do certame de maneira centralizada pelo Tribunal Superior Eleitoral, que promoverá a seleção de banca para a realização de processo seletivo de abrangência nacional".
Por sua vez, o TRE de Minas Gerais informou em seu portal que a seleção unificada será realizada em 2023 ou no primeiro semestre do próximo ano. Assim, existe a possibilidade de que o concurso ocorra somente em 2024.
Há ainda a questão dos TREs com concursos válidos e que não podem participar do novo edital no momento.
O TRE do Rio de Janeiro, por exemplo, tem interesse no concurso unificado, mas não tem certeza sobre sua participação. Isso porque conta com seleção válida até este ano, podendo ter novas nomeações em breve.
"Justamente pela validade do atual concurso do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE RJ), cuja vigência vai até novembro deste ano, ainda não está confirmada a nossa participação no certame da Justiça Eleitoral", disse o órgão, em nota enviada à Folha Dirigida por Qconcursos.
Durante o 81º Encontro dos Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, o presidente do TRE RJ, desembargador João Ziraldo Maira, manifestou preocupação de não conseguir participar do concurso unificado por ter um edital válido.
A mesma preocupação também foi levantada por dirigentes de outros tribunais que manifestaram interesse em aderir ao concurso unificado.
Frente a isso, o diretor-geral do TSE, Rui Moreira, informou que um outro concurso unificado poderá ser realizado posteriormente. Mas que ajustes no cronograma seguem em análise para que todos os tribunais interessados participem da seleção.
25 TREs podem estar no concurso unificado
A secretária de Gestão de Pessoas do TSE, Thayanne Fonseca, adiantou que 25 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) manifestaram interesse em participar do novo concurso.
Folha Dirigida por Qconcursos já confirmou o interesse de 21 tribunais dos seguintes estados/regiões:
- Goiás;
- Rio de Janeiro;
- São Paulo;
- Mato Grosso;
- Piauí;
- Santa Catarina;
- Rio Grande do Norte;
- Ceará;
- Sergipe;
- Tocantins;
- Espírito Santo;
- Roraima;
- Rio Grande do Sul;
- Maranhão;
- Paraná;
- Distrito Federal;
- Rondônia;
- Pernambuco;
- Minas Gerais;
- Pará; e
- Amazonas.
A reportagem está em contato com os demais tribunais do país para verificar os outros quatro que estarão na seleção.
As informações foram passadas por Thayanne Fonseca, em reunião no dia 13 de abril, com coordenadores da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe).
O concurso unificado será composto por dois editais: um para técnico judiciário e outro para analista judiciário. O número de vagas ainda não foi confirmado.
Prepare-se para concursos! Confira as próximas seleções previstas nas regiões:
Nível superior será exigido para cargo de técnico judiciário
Hoje em dia, os cargos de técnico e analista judiciário exigem o nível superior completo. Em dezembro do ano passado, foi publicada a Lei 14.456/2022, que determina o ensino superior, para ingresso no cargo de técnico judiciário, e não mais o nível médio.
Com isso, o novo requisito de escolaridade já deve ser aplicado aos próximos concursos dos tribunais federais, incluindo os da Justiça Eleitoral.
A Associação Nacional dos Analistas Judiciários e do Ministério Público da União (Anajus) chegou a entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o cargo voltasse para o nível médio.
No entanto, o ministro Edson Fachin, relator da ADI, negou o prosseguimento da ação por conta de “ilegitimidade ativa da parte autora”. Isto é, para ele, a associação que ingressou com a ADI não tem legitimidade para propor essa discussão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.523/2023, que reajustou a remuneração dos servidores do Poder Judiciário da União. Desde fevereiro de 2023, foi aplicado o aumento de 6%.
A partir disso, as remunerações têm os seguintes valores:
- técnicos judiciários: R$8.046,86, sendo R$3.352,86, de vencimento básico e R$4.694 de Gratificação por Atividade Jurídica (GAJ);
- analistas judiciários: R$13.202,64, sendo R$5.501,1 de vencimento básico e R$7.701,54 de Gratificação por Atividade Jurídica (GAJ).
Último concurso TSE unificado foi realizado em 2006
O edital do último concurso unificado para Justiça Eleitoral ocorreu em 2006. A oferta foi de 801 vagas, distribuídas entre:
- Tribunal Superior Eleitoral – 280 vagas;
- Tribunal Regional Eleitoral do Acre – 6 vagas;
- Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – 435 vagas;
- Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia – 56 vagas; e
- Tribunal Regional Eleitoral de Roraima – 24 vagas.
As oportunidades foram para os cargos de técnico judiciário e analista judiciário. No ato da inscrição, o interessado deveria sinalizar o cargo e o tribunal de interesse.
O Cebraspe foi o organizador do concurso. Os candidatos foram avaliados por diferentes etapas, a depender da localidade das vagas. Veja a estrutura de provas:
TSE
- prova objetiva;
- prova discursiva (apenas para cargos de nível superior); e
- avaliação de títulos.
TRE AC; TRE RO; TRE RR
- prova objetiva; e
- prova discursiva.
TRE RJ
- prova objetiva;
- prova discursiva (apenas para cargos de nível superior); e
- prova de capacidade física (somente para o cargo de técnico judiciário - área: Serviços Gerais – especialidade: Segurança Judiciária).
As provas foram realizadas nas capitais dos estados, com vagas nos tribunais regionais e no Distrito Federal, no caso das oportunidades para o TSE.
Os participantes tiveram que responder a questões sobre Conhecimentos Básicos e Específicos.0
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