Concurso PC SP: delegada relembra trajetória e apoio familiar
Luciana Peixoto conta como foi sua trajetória até conquistar a aprovação no concurso PC SP e como o apoio da família foi fundamental. Veja!
Cada aprovação conta uma história
Autor:Bruna Somma
Publicado em:17/10/2024 às 18:32
Atualizado em:18/10/2024 às 08:35
Cada aprovação conta uma história. A de Luciana Peixoto, delegada de Polícia em São Paulo, começou inspirada por um professor e com o apoio da família.
Quando ela entrou para a faculdade de Direito, queria ser promotora. Mas tudo mudou por conta de um professor de Direito Penal, que era delegado de polícia.
"Eu fiquei completamente encantada pela profissão e pelos casos que ele trazia pra gente como exemplo na aula. Eu comecei a me interessar pela polícia. Mais precisamente, pela Polícia Civil", contou Luciana.
Inspirada por esse professor, ela começou a conversar com outros delegados e viu que a justiça começava na delegacia. Foi então que Luciana descobriu sua vocação.
"Se você fizesse uma investigação bem feita, as coisas não iam acabar em pizza. E vi que era o que eu queria. Eu gostava de investigar. Gostava do Direito Penal. E poderia dar uma resposta para a sociedade, para a vítima, em casos relevantes como os casos criminais. Todo mundo já foi vítima de crime".
Quando se formou, Luciana ficou seis meses atuando como advogada. Mas não gostou do ofício de "advogar" e decidiu se dedicar aos estudos para concursos de delegado.
Inicialmente, ela fez um curso para a carreira de delegado federal. Mas, logo no primeiro mês, saiu o edital da Polícia Civil de Minas. Foi então que sua jornada no mundo dos concursos começou.
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"Passei no meu oitavo concurso"
Luciana Peixoto relembrou que sua trajetória de estudos não foi fácil. Ela disse que resolveu aprender com os erros.
"Cada reprovação eu tinha um luto. Eu brinco que era a semana do término de relacionamento com o edital, ficava uma semana triste, chateada. E depois voltava a estudar. Mas o bom é que eu aprendi a analisar os meus erros. Então, toda vez que eu fazia uma prova e era reprovada, fazia um balanço do que eu tinha errado e como podia mudar o meu estudo", detalhou.
Luciana Peixoto é delegada da Polícia Civil de São Paulo
(Foto: Arquivo Pessoal)
O apoio fundamental da família
Além da vocação e aprendizados com a rotina de estudos, para Luciana, o apoio da família também foi fundamental. "Sem o apoio da minha família, eu não estaria no cargo que estou hoje".
A mãe de Luciana é concursada como professora, por isso, logo apoiou a decisão da filha de se dedicar aos estudos. Porém, o cargo de delegado causava preocupação.
"Meus pais acharam estranho a minha decisão de ser delegada. Porque não tinha policial na família. E é uma realidade distante pra gente. Mas eles sempre me apoiaram".
A irmã de Luciana também era um suporte e carinho durante as horas de preparação diária.
"Eu entrava pra minha salinha de estudos dentro de casa e ela levava um café. Um biscoito. Ela não deixava ninguém me atrapalhar nos estudos para eu poder ter ali o meu período realmente imerso nos livros", relembrou Luciana.
Luciana e a família moravam em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ela contou que a mãe sempre a acompanhava nas viagens para prestar os concursos.
Na prova oral do concurso PC SP, a mãe de Luciana foi às arguições com a filha e anotava as perguntas para passar as orientações depois.
"Ela ficava em um auditório, anotando todas as perguntas que eram feitas. E me deu todo o suporte. Inclusive, na véspera da prova, ela me arguiu à noite dentro do hotel, fazendo um simulado comigo. E depois que eu fui aprovada, ela ficou radiante".
Já no Teste de Aptidão Física (TAF), o suporte veio do pai, que treinava diariamente com Luciana.
"Eu nunca imaginei que ele iria todos os dias correr comigo cinco quilômetros e treinar intensivamente para eu conseguir ser aprovada. E graças a ele, eu consegui".
Conheça melhor a história de Luciana Peixoto no vídeo abaixo:
Seja bem-vinda à Acadepol
Luciana disse que um dos momentos mais marcantes foi quando ouviu do examinador do teste físico, após terminar a prova, que estava aprovada.
"Quando eu acabei a prova, o examinador me deu parabéns e me entregou o papel de aprovada no TAF. E ele falou uma frase que eu não esqueço. Seja bem-vinda à Acadepol. Isso pra mim era a realização de um sonho".
A delegada e atual professora do Qconcursos se sente realizada na profissão.
"Eu consegui me encontrar. E o melhor é que eu consegui passar no concurso que eu sonhava, no cargo que eu queria. E eu faço exatamente aquilo que eu me propus. Uma investigação minha nunca vira pizza. E eu consigo dar a resposta que eu queria: orgulhar meus pais, meus amigos e me sinto realizada".
Luciana Peixoto incentiva todos aqueles que têm o sonho do concurso público de persistirem no objetivo.
"O concurso público muda a minha vida e da minha família e traz a segurança que eu queria. Além da realização do cargo público".
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