Os preparativos do Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2025 começaram a avançar após a sanção do Orçamento pelo presidente Lula. O termo de referência, que funciona como um espelho para o edital, já está em finalização.
Segundo fontes do Governo Federal, o documento já está "quase pronto". A estimativa para a divulgação ainda neste mês de abril.
O termo de referência reúne informações importantes do concurso, como vagas, cargos, órgãos participantes, estrutura de provas e cronograma.
Após a conclusão do documento, será iniciado o processo de escolha da banca organizadora. Grandes instituições brasileiras receberão o projeto para que possam compreender a estrutura e propor valores para organizar o Concurso Unificado.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, já tinha adiantado que o termo de referência seria concluído este mês.
MGI trabalha na finalização do termo de referência do CNU 2025
(Foto: Qconcursos Folha Dirigida)
De acordo com a ministra, as decisões sobre a próxima edição do CNU serão consolidadas com a Casa Civil e também com o presidente Lula.
"Eu quero bater de tudo com a Casa Civil e com o presidente. Mas ainda em abril, a gente já deve anunciar", informou a ministra.
Nesta terça-feira, 22, às 16h está marcada uma reunião entre a ministra Esther Dweck e o presidente Lula, no Palácio do Planalto. A expectativa é que o CNU seja tratado no encontro. Oficialmente, o MGI não confirma a informação.
Caso os detalhes do concurso sejam acordados na reunião, o termo de referência será finalizado e poderá ser divulgado já nos próximos dias.
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Na primeira edição do Concurso Unificado, realizada no ano passado, a Fundação Cesgranrio foi a escolhida como a organizadora. Uma nova chamada pública não tira a banca da disputa.
A Fundação Cesgranrio ainda poderá ser contratada, mas terá a concorrência de outras grandes bancas interessadas no processo.
A banca definida será responsável por receber as inscrições do concurso, elaborar e aplicar as provas em mais de 200 municípios espalhados por todo o país.
Com a contratação da banca, o cronograma do concurso poderá ser concluído e o edital publicado. Ainda não há um prazo fechado para a divulgação do edital.
A previsão, segundo a ministra Esther Dweck, é para que as provas aconteçam em setembro ou outubro. Desta forma, o edital precisaria ser publicado até agosto.
A divisão das vagas por blocos temáticos será mantida. Entretanto, o Ministério da Gestão e Inovação já confirmou que o CNU 2025 terá apenas um edital para todos os blocos.
Na primeira edição do CNU, em 2024, foram divulgados oito editais separados.
O governo prepara mudanças e ajustes baseados nos aprendizados do primeiro CNU. A reportagem do Qconcursos Folha Dirigida listou todas as alterações já anunciadas. Confira aqui!
A lista de órgãos e entidades do Executivo Federal participantes do CNU 2025 ainda não foi anunciada pelo Ministério da Gestão e Inovação.
É preciso de uma adesão suficiente de órgãos, para justificar a realização do concurso de forma unificada. Na primeira edição foram mais de 20 órgãos e autarquias participantes.
Questionadas pela reportagem, fontes do Governo Federal afirmaram que o novo CNU deve contar com vagas para cargos de nível médio, mas em pouca quantidade.
Ainda que a lista de órgãos deste ano não tenha sido divulgada, alguns já adiantaram sua participação no Concurso Unificado:
O Ministério da Saúde, por sua vez, revelou que avalia a chance de participar da edição do CNU em 2025. A pasta tem aval para preencher 319 vagas efetivas.
Segundo o Governo Federal, o novo Concurso Unificado também trará vagas para as duas novas carreiras transversais do Poder Executivo, criadas no final do ano passado. São elas:
Ambas as carreiras são de nível superior e ainda precisam de autorização de concurso por parte do governo.
Elas são consideradas transversais por ter um exercício descentralizado, ou seja, poderão contar com atuação em diferentes órgãos da Administração Pública Federal Direta, a depender da necessidade.
Em entrevista exclusiva ao Qconcursos Folha Dirigida, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Júnior, informou que CNU 2025 deve ter em torno de 3 mil vagas, metade do oferecido na primeira edição.
"Está em aberto um conjunto de vagas que estão previstas de serem autorizadas em 2025. Tudo somado, a gente acredita que pode conseguir reunir algo como 3 mil, 3.500 vagas para realizar uma segunda edição do concurso unificado".
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Ainda que não tenha uma autorização formal, o Instituto Nacional do Seguro Social já trabalha nos preparativos para um novo concurso INSS. De acordo com a autarquia, há o interesse em participar do próximo Concurso Nacional Unificado.
A informação foi passada pela Assessoria de Comunicação Social do INSS no dia 11 de abril.
"Sim, o INSS estuda a possibilidade de adesão ao Concurso Público Nacional Unificado, mas ainda não há confirmação", disse o INSS, em resposta à reportagem.
Vale lembrar que, em janeiro, o ministro Carlos Lupi manifestou o desejo de ver um novo edital do concurso INSS com mil vagas para o cargo de analista do seguro social.
Conforme o ministro, a próxima seleção deverá contemplar oportunidades para todos os cargos de nível superior.
Ainda não há uma confirmação se o concurso INSS será autorizado e se as vagas serão incluídas no edital unificado.
Com a sanção do Orçamento de 2025, o Ministério da Gestão projeta que as convocações de aprovados comecem em maio.
Ao todo, 4.335 aprovados nas carreiras que não têm curso de formação serão chamados.
A primeira edição, aberta em 2024, ofereceu 6.640 vagas para diferentes órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal, abrangendo carreiras de níveis médio e superior.
O Concurso Nacional Unificado é uma iniciativa do Governo Federal para o recrutamento de novos servidores.
Nesse modelo, foi possível se inscrever a diversas carreiras dentro de um mesmo bloco temático, pagando apenas uma taxa, o que ampliou a concorrência.
Outra inovação foi o aumento dos locais de prova. Os exames do CNU foram aplicados no dia 18 de agosto, em mais de 200 cidades do país.
Antes, a maioria dos concursos federais era feita apenas nas capitais dos estados e no Distrito Federal, ou exclusivamente em Brasília DF.
