O atraso, segundo o Ministério da Gestão, decorre do tratamento de dados aos candidatos sub judice nas listas de classificação.
Em decorrência do caráter liminar, os candidatos sub judice estão sendo tratados como extra vaga e serão classificados em lista específica, refletindo a posição que ocupariam caso estivessem em situação regular.
"Em respeito às decisões judiciais, a opção foi retardar o momento em que as listas começaram a ser geradas. O tratamento desses candidatos requer especial cuidado pois, pelas características do CPNU, cada vez que um candidato entra em uma vaga, ele provoca uma reação em cadeia, alterando centenas de resultados e demandando um novo processamento de todas as listas de vagas imediatas e as de cadastro de reserva. Estão sendo tomadas as providências para que nenhum candidato sub judice ocupe o lugar de um candidato classificado em situação regular", disse o MGI, nas redes sociais.
As listas definitivas dos aprovados nas 6.640 vagas imediatas e no cadastro de reserva estarão disponíveis no site oficial do concurso.
O próximo passo será a homologação do resultado, para que as primeiras convocações possam ser realizadas. De acordo com a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, a assinatura deve ser dada em março.
O MGI também informou que um novo Concurso Unificado será realizado este ano.
"Parabéns a todos os participantes e pra quem não passou, não se preocupe, o CPNU 2 vem aí", afirmou o Ministério da Gestão, nas redes sociais.

Segunda edição do CNU será realizada em 2025
(Foto: Divulgação)
O número de vagas e a lista de órgãos participantes da próxima edição do CNU ainda não foram revelados.
No entanto, alguns órgãos que receberam aval para novos concursos já confirmaram a participação no próximo CNU.
A nomeação dos aprovados no Concurso Unificado e a oferta fechada do próximo CNU só deverão ser anunciadas após a aprovação do Orçamento 2025 pelo Congresso Nacional, prevista para março.
Com base no valor aprovado, as nomeações poderão ser feitas e será possível dimensionar chamadas de aprovados em cadastro de reserva e autorização de novos concursos federais.
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CNU 2025 deve ter provas em agosto
O edital, com as regras do CNU 2025, deve ser publicado até o mês de março, segundo a ministra Esther Dweck.
Ainda de acordo com ela, o Governo Federal trabalha com a estimativa de realizar as provas em agosto.
Isso por ter a menor incidência de chuvas no Brasil e evitar possíveis remarcações, como ocorreu na primeira edição do Concurso Unificado.
"A gente espera o edital até o finalzinho do primeiro trimestre. A prova, a gente gostaria de repetir em agosto. A gente ainda não sabe se vai ser possível pelo prazo do edital. Agosto é o mês de menor incidência de chuvas no Brasil. A ideia é fazer a prova no início do segundo semestre, essa é a nossa lógica de calendário", afirmou Esther, durante participação no programa Bom dia, Ministra, do canal GOV.
O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Júnior, informou, em entrevista ao Qconcursos Folha Dirigida, que o novo CNU trará em torno de 50% da oferta da primeira edição.
"Está em aberto um conjunto de vagas que estão previstas de serem autorizadas em 2025, no Orçamento que não foi aprovado ainda. Tudo somado, a gente acredita que pode conseguir reunir algo como 3 mil, 3.500 vagas para realizar uma segunda edição do concurso unificado".
Ao ser questionado se a Fundação Cesgranrio permanecerá como a banca organizadora do concurso, o secretário José Celso explicou que uma nova licitação será feita e que grandes instituições poderão participar do processo.
Como funciona o Concurso Nacional Unificado
O Concurso Nacional Unificado consiste em uma iniciativa pioneira do Governo Federal para selecionar novos servidores.
A primeira edição, aberta em 2024, ofertou 6.640 vagas para diferentes órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal, abrangendo carreiras de níveis médio e superior.
Nesse modelo, foi possível se candidatar a diversas carreiras dentro de um mesmo bloco temático, pagando apenas uma única taxa.
Outra inovação foi o aumento dos locais de prova. Os exames do CNU foram aplicados no dia 18 de agosto, em mais de 200 cidades do país.
Antes, a maioria dos concursos federais era realizada apenas nas capitais dos estados e no Distrito Federal, ou exclusivamente em Brasília DF.
De acordo com o governo, a ampliação dos locais de aplicação democratizou o acesso ao funcionalismo público.
O CNU quebrou recorde, com 2.144.435 inscritos, ficando em primeiro lugar no ranking dos concursos públicos mais concorridos da história. Veja:
- 1º lugar: Concurso Nacional Unificado (2024) – 2.144.435 inscritos;
- 2º lugar: Correios (2024) – 1.672.671;
- 3º lugar: Banco do Brasil (2021) – 1.645.975 inscritos;
- 4º lugar: Banco do Brasil (2023) – 1.500.000 inscritos;
- 5º lugar: Caixa Econômica Federal (2024) – 1.201.097 inscritos;
- 6º lugar: Caixa Econômica Federal (2014) – 1.176.614 inscritos;
- 7º lugar: Correios (2011) – 1.120.393 inscritos; e
- 8º lugar: INSS (2015) – 1.087.804 inscritos.
Todos os concorrentes foram submetidos a provas objetivas e discursivas, no dia 18 de agosto. Ao todo, 970.037 inscritos compareceram as provas.
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Além das provas objetivas e discursivas, a primeira edição do CNU contou com avaliação de títulos e curso de formação.
No primeiro Concurso Unificado, nove carreiras têm curso de formação como uma etapa obrigatória. Ao todo, 2.035 vagas serão preenchidas da seguinte forma:
- analista de comércio exterior: 50;
- analista de infraestrutura: 300;
- auditor-fiscal do trabalho: 900;
- analista em Tecnologia da Informação (TI): 300;
- analista técnico de políticas sociais: 500;
- especialista em políticas públicas e gestão governamental: 150;
- especialista em regulação de saúde suplementar: 35;
- especialista em regulação de serviços públicos de energia: 40; e
- especialista em regulação de serviços de transportes aquaviários: 30.
A aplicação dos cursos será na cidade de Brasília, no Distrito Federal. A exceção será para o cargo de especialista em regulação de saúde complementar, da Agência Nacional de Saúde (ANS), cuja formação será no Rio de Janeiro.
Apenas para o auditor-fiscal do trabalho, o curso de formação terá caráter híbrido, isto é, com aulas presenciais e também remotas. Para as demais carreiras, as aulas serão 100% presenciais.
A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Cebraspe serão as instituições responsáveis pela aplicação dos cursos, que terão duração de até 580 horas.
Ao frequentarem os cursos de formação, os candidatos receberão, mensalmente, um auxílio financeiro correspondente a 50% da remuneração inicial da carreira.
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