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Foto: Reprodução/MGI
As entidades públicas têm até o final de setembro para confirmarem a adesão ao CNU. Esse é o prazo definido pelo MGI, que está à frente da organização do CNU.
A adesão ao CNU é voluntária. Isto é, cada órgão pode decidir se vai participar ou se deseja seguir com os preparativos do concurso por conta própria.
O Concurso Nacional Unificado é uma proposta do Governo Federal para centralizar as seleções autorizadas este ano. A ideia é ter um único dia de provas, no primeiro trimestre de 2024, em cerca de 180 cidades espalhadas pelo país.
O Ministério da Saúde, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e as carreiras transversais (MGI) já tinham confirmado participação.
Fonte ligada à organização do concurso unificado tinha adiantado que o IBGE e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) também estavam em negociações avançadas para a adesão.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também deve aderir ao CNU, segundo fonte. A participação deve ser formalizada nos próximos dias, após assinatura de termo junto ao Ministério da Gestão.
Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que ainda não tem uma decisão fechada sobre o concurso unificado.
"Acredito que a lista, em questão, tenha sido alguma divulgação preliminar do MGI. O MDIC ainda não tem nenhuma decisão. Tão logo se defina daremos publicidade", disse a Assessoria de Imprensa da pasta.
O edital do Concurso Nacional Unificado deve ser publicado no mês de dezembro. As provas estão previstas para o primeiro trimestre de 2024.
CNPq, Funai e Fiocruz são surpresas na lista
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Fundação Oswaldo Cruz, por outro lado, são surpresas na lista divulgada pelo MGI.
O CNPq, por exemplo, já tinha contratado o Cebraspe como banca organizadora de seu próprio concurso. A autarquia, inclusive, tinha emitido um comunicado à imprensa falando que, por ter os preparativos avançados, não participaria do CNU.
Atualização: o CNPq divulgou o edital do seu próprio concurso no dia 21 de setembro, ficando de fora assim do CNU. Confira o documento na íntegra aqui!
Já a Funai estava com o processo de escolha da banca do concurso em andamento. A comissão organizadora solicitou orçamento, em caráter de urgência, para contratação da instituição, considerando o cenário de mais de 150 mil inscritos.
Apesar disso, a Fundação confirmou a adesão ao CNU no dia 20 de setembro, após a divulgação da liste preliminar pelo Ministério da Gestão.
Por sua vez, a Fiocruz enviou uma nota, no dia 12, afirmando que não participaria do concurso unificado.
A Fundação Oswaldo Cruz reconheceu a importância da seleção nos moldes propostos pelo Governo Federal. Porém, por seus cargos terem muitas especificidades, tinha decidido não aderir à proposta de centralização dos concursos.
A Fiocruz, no entanto, aparece na lista de órgãos confirmados no CNU, divulgada pelo MGI.
Atualização: em nota enviada à Folha Dirigida por Qconcursos, a Fiocruz não confirma sua adesão ao CNU, mas informa que sua opção, até o momento, é pela realização de um concurso próprio. No entanto, ainda há tratativas entre a fundação e o MGI, no sentido de analisar a viabilidade de adesão ao concurso unificado ao menos em parte de seus editais.
Veja lista de desistentes do Concurso Nacional Unificado
Ao todo, o Governo Federal autorizou 8 mil vagas em concursos este ano. Diversos órgãos que receberam aval já declinaram e não participarão do concurso unificado. São eles:
Como serão distribuídas as vagas do CNU
A proposta do Concurso Nacional Unificado, também chamado de “Enem dos Concursos” é que as vagas sejam distribuídas em oito blocos temáticos:
- Administração e Finanças Públicas;
- Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;
- Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
- Educação Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Políticas Sociais; Justiça e Saúde;
- Trabalho e Previdência;
- Dados, Tecnologia e Informação Pública; e
- Nível intermediário.
As inscrições do CNU serão feitas no site da banca organizadora a ser contratada. A instituição também ficará responsável pela aplicação das provas.
O MGI informou que ao realizar a inscrição, primeiro, o candidato deverá escolher entre um dos blocos temáticos. Em seguida, deverá indicar seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha.
De acordo com a planilha enviada pelo MGI, saiba como está a divisão dos órgãos por blocos temáticos, até o momento:
Administração e Finanças Públicas:
- MGI - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG);
- MDIC - analista de Comércio Exterior (ACE).
Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação:
- Antaq - especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários;
- MGI - analista de Infraestrutura (AIE);
Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário:
- (nenhum órgão confirmado, até o momento, pelo MGI);
Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação:
- MCTI - analista em Ciência e Tecnologia, pesquisador, tecnologista.
- CNPq - analista em Ciência e Tecnologia.
Políticas Sociais; Justiça e Saúde:
- MGI - analista técnico de políticas sociais (ATPS);
- Funai - indigenista especializado; cargos do PGPE;
- Fiocruz - analista em gestão em saúde; pesquisador em saúde pública; tecnologista em saúde pública;
- Ministério da Saúde - tecnologista;
- Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) - analista técnico administrativo.
Trabalho e Previdência:
- MTE - auditor-fiscal do trabalho;
- Previc - analista administrativo; especialista em previdência complementar.
Dados, Tecnologia e Informação Pública:
- IBGE - analista, tecnologista e pesquisador em informações geográficas e estatísticas;
- MGI - analista em Tecnologia da Informação (ATI).
Nível intermediário:
- IBGE - técnico em informações geográficas e estatísticas;
- Funai - agente em indigenismo.
A Previc, por sua vez, solicitou que seja deslocada para o bloco temático de "Administração e Finanças Públicas", com o qual tem maior afinidade pelas suas atribuições legais de supervisão e fiscalização das Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
Ainda não há confirmação sobre essa mudança.
Como serão as provas do Concurso Nacional Unificado
O Concurso Nacional Unificado terá apenas um dia de provas. Os candidatos deverão responder a:
- questões objetivas com matriz comum a todos os candidatos;
- questões objetivas sobre Conhecimentos Específicos de cada bloco temático;
- prova discursiva sobre Conhecimentos Específicos de cada bloco temático.
A aplicação das provas objetivas e discursivas será em um único turno (com 4h30 de duração).
Segundo os membros do MGI, o conteúdo programático e as disciplinas das provas só serão divulgados após o Ministério ter clareza de quais órgãos participarão do concurso unificado.
Porém, há assuntos com maior probabilidade de serem cobrados, como diversidade e inclusão, concernentes aos servidores atuais, de acordo com o MGI.
Em seguida, será realizada a avaliação de titulação acadêmica e/ou experiência profissional pregressa, se necessário para o cargo em disputa.
Os órgãos que, em seus planos de carreira, tiverem a exigência de provas específicas e cursos de formação, por exemplo, deverão realizar essas etapas adicionais.
“Nesses casos, o órgão vai ter que realizar essa fase adicional. Os cursos de formação seguirão a mesma lógica”, disse o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso.
Inicialmente, as provas do CNU estavam previstas para o dia 25 de fevereiro de 2024. Porém, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI explicou que essa data era apenas uma estimativa e que a aplicação deve ocorrer em março. As datas fechadas, segundo ele, só estarão no edital publicado.
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